expressionismo  é um movimento artístico que procura a expressão dos sentimentos e das emoções do autor, não tanto a representação objetiva da realidade. Este movimento revela o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstâncias históricas de determinado momento.
A face oculta da modernização, o isolamento, a alienação, a massificação se fizeram presentes nas grandes cidades e os artistas acharam que deveriam captar os sentimentos mais profundos do ser humano, assim, o principal motor deste movimento é a angústia existencial.
Além de sua forte manifestação na pintura, o expressionismo foi marcante também em outras manifestações artísticas, tais como: literatura, cinema, teatro, etc. Na literatura, há muitas obras que refletem a crise de consciência que tomou conta da sociedade antes e depois da Primeira Guerra Mundial. 

O Grito, pintura de Edvard Munch (1893).
   O maior objetivo é potencializar o impacto emocional do expectador exagerando e distorcendo os temas. As emoções são representadas sem existir um comprometimento com a realidade externa, mas com a natureza interna e as impressões causadas no expectador. A força psicológica está representada através de cores fortes e puras, nas formas retorcidas e na composição agressiva. Desta forma, nem a perspectiva nem a luz importam muito, visto que são propositalmente alteradas.
Algumas raízes expressionistas podem ser encontradas nas pinturas negras de Goya, que rompeu com as convicções com as quais eram representadas as anatomias para mergulhar num mundo interior.

   O termo expressionismo já havia sido usado várias vezes na arte para designar obras com distorções ou exageros nas formas. Posteriormente, é utilizado pelo escritor Herwarth Walden, editor da revista Der Stürmer (A Tempestade). Esta revista se tornaria o principal meio de divulgação do expressionismo alemão.

   O expressionismo era apresentado em oposição ao impressionismo francês. Enquanto o primeiro expressava a visão interior do artista, passando muitas vezes um sentimento de angústia, o segundo limitava-se a impressões objetivas do mundo visível, passando tranquilidade ao retratar principalmente belas paisagens.

O movimento desenvolveu-se principalmente na Alemanha, onde surgiram importantes grupos de artistas, tais como: Die Brücke (A Ponte), contemporâneo do movimento fauvista francês. Deste grupo, destacam-se Nolde e Kirshner, artistas comprometidos com a política e a situação social do seu tempo.
No Brasil, o principal representante desse movimento foi Cândido Portinari, mas Anita Malfatti também se destacou.
O Mestiço, Cândido Portinari

Lavrador de Café - Candido Portinari
 
A Estudante, Anita Malfatti

 O Pós-impressionismo

Van Gogh foi um dos artistas que mais influenciou o expressionismo, sendo classificado como pós-impressionista. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc. Há ainda muitos outros pintores, entre eles, Pablo Picasso, que também foram influenciados por esta manifestação artística.
        Sua pintura teve várias fases que podem ser facilmente associadas com as épocas da sua vida (onde morou em que condição mental se encontrava).
     Como exemplo disto temos a obra “Campo de trigo com corvos”, pintada por ele poucos meses antes de se suicidar. Nesta obra nota-se a o afastamento definitivo de Vincent das normas acadêmicas. Na pintura, há um caminho que não leva a lugar algum. Com ele, Vincent ignora as regras mais básicas sobre perspectiva e noção de profundidade. Suas cores são brilhantes e parecem tremeluzir na paisagem. Vincent Van Gogh consolida o estereotipo do artista solitário e instintivo, rebelde ao aprendizado tradicional. Sua obra, como já dito, influenciaria de forma definitiva a pintura moderna.
Campo de trigos com corvos, 1890

Outros artistas pós-impressionistas foram Gauguin e Cézanne.

De onde viemos? Quem somos nós? Para onde vamos?, Gauguin

Large Bathers, Cézanne