VIDA
            Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon, ou apenas Frida Kahlo, foi uma das mulheres mais importantes da história do México. Suas obras são avaliadas como surrealistas, apesar de ela mesma negar fazer parte do movimento, pois dizia que “não pintava sonhos, mas sua própria realidade.” Nascida em 6 de julho de 1907 em Coyoacan, México, Frida sempre demonstrou o amor pelo seu país em suas obras e seu jeito de se vestir.

            A primeira tragédia da sua vida aconteceu quando ela tinha apenas 6 anos e contraiu poliomielite, que a deixou com um pé atrofiado e uma perna mais fina que a outra. Porém, aos 18 anos, Frida sofre um acidente de ônibus que quase a matou e deixou inúmeras sequelas, que marcaram a maioria de suas obras. Foi na época da recuperação que começou a pintar, e fez seu primeiro autorretrato.

            Mais tarde, Frida leva seus quadros a um famoso pintor chamado Diego Riviera, e por causa disso os dois se conheceram e se casaram alguns anos depois. A relação dos dois era muito complicada, o que levou Frida a ter um consumo exagerado de álcool, e foi marcada pela infidelidade que acontecia nos dois lados. Diego chegou a traí-la com sua irmã mais nova, e ela já teve um caso com Leon Trotski, seu mais famoso amante.

          Frida engravidou mas sofreu aborto três vezes, e sobre isso ela afirma: “A pintura tem ocupado minha vida. Perdi três filhos e uma série de coisas que poderiam ter preenchido a minha vida horrível. A pintura substituiu tudo. Eu acho que não há nada melhor do que trabalhar..”

          Teve uma exposição em Nova Iorque que foi um sucesso absoluto, e logo depois realizou uma em Paris, onde conheceu Pablo Picasso, Marcel Duchamp e outros grandes nomes. Foi a primeira pintora mexicana a ter os quadros expostos no Louvre.

          Em 1941, ela e Diego se mudam para a famosa “Casa Azul”, lugar onde hoje é um museu em sua homenagem. Um ano depois, ela começa a escrever seu diário, onde mostra todas as dores e conflitos através de textos e desenhos.

          Em 13 de julho de 1954, é encontrada morta. A versão divulgada foi que morreu por embolia pulmonar, mas muitos suspeitam de suicídio, já que a morte sempre pareceu algo tranquilizador para Frida, como mostra em uma frase de seu diário: “Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar.”

OBRAS

           Um terço de suas obras são autorretratos (55 ao todo). Ela justificava essa “obsessão” dizendo: “Pinto a mim mesma porque sou sozinha e sou o assunto que conheço melhor.”

          Seu estilo artístico sofreu influência da arte folclórica mexicana, da cultura asteca, do marxismo e de outros movimentos de vanguarda. Suas obras tinham uma abordagem relacionada aos acontecimentos que a marcaram, como o acidente, e objetos simbólicos para a sua vida, sempre abusando de cores fortes e vivas.
          Apesar da relação conturbada, Diego sempre foi o amor de sua vida, e Frida deixava isso bem claro ao pintar retratos dele e até mesmo “escondê-lo” em algumas obras, como a que ele aparece no meio de sua testa.


          Exemplos de suas principais obras:
  • As Duas Fridas

  • O Marxismo Dará Saúde aos Doentes
  • Diego e Eu
  • A Coluna Partida
  • Frida Kahlo e Diego Rivera


CURIOSIDADES
  • Em 2002, foi lançado o filme "Frida", que fala da vida da artista e de todos os seus conflitos.
  • Seu diário foi publicado em 1995 e é vendido até hoje, assim como a sua autobiografia.