Vida

Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha.

Aos 17 anos entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, localizada na cidade de Madri. Porém, em 1926, foi expulso desta instituição, pois afirmava que ninguém era suficientemente competente para avaliá-lo.

Nesta fase da vida, conviveu com vários cineastas, artistas e escritores famosos, tais como: Luis Bruñel, Rafael Alberti e Frederico Garcia Lorca.

Em 1929, viajou para Paris e conheceu Pablo Picasso, artista que muito influenciou a produção artística de Dalí. No ano seguinte, começou a fazer parte do movimento artístico conhecido como surrealismo.

Em 1934, Dali casou-se com uma imigrante russa chamada Elena Ivanovna Diakonova, conhecida como Gala. Eles se conheceram  em 1929, mas foi em uma viagem, convidados por Dalí,  René Magritte, Luis Buñuel, Paul Eluard e Gala, e  a sua filha, Cécile, para Cadaqués para passar algum tempo com o pintor espanhol, que começaram uma relação controversa. Embora ela fosse 10 anos mais jovem que ele e ainda estivesse casada com Paul Eluard, com quem teve sua filha.

Gala se envolveu no movimento surrealista,  servindo também de inspiração para muitos artistas, incluindo Éluard, Louis Aragon, Max Ernst e André Breton. Breton depois a desprezou, alegando que ela era uma influência destrutiva sobre os artistas com quem fez amizade. Ela, Éluard e Ernst passaram três anos em um relacionamento, 1924-27.

Em 1939, Dalí foi expulso do movimento surrealista por motivos políticos. Grande parte dos artistas surrealistas eram marxistas e justificaram a expulsão de Dalí, alegando que o artista era muito comercial.

Em 1960, Dali colocou em prática um grande projeto: o Teatro-Museo Gala Salvador Dali, em sua terra natal, que reuniu grande parte de suas obras.


Em 1982, com a morte de sua esposa Gala, Dali entrou numa fase de grande tristeza e depressão. Parou de produzir e se recusava a fazer as refeições diárias. Em 1984, tentou o suicídio ao colocar fogo em seu quarto. Passou a receber o cuidado e atenção de seus amigos. Dali morreu na cidade de Figueres, em 23 de janeiro de 1989, de pneumonia e parada cardíaca.





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VIDA
            Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon, ou apenas Frida Kahlo, foi uma das mulheres mais importantes da história do México. Suas obras são avaliadas como surrealistas, apesar de ela mesma negar fazer parte do movimento, pois dizia que “não pintava sonhos, mas sua própria realidade.” Nascida em 6 de julho de 1907 em Coyoacan, México, Frida sempre demonstrou o amor pelo seu país em suas obras e seu jeito de se vestir.

            A primeira tragédia da sua vida aconteceu quando ela tinha apenas 6 anos e contraiu poliomielite, que a deixou com um pé atrofiado e uma perna mais fina que a outra. Porém, aos 18 anos, Frida sofre um acidente de ônibus que quase a matou e deixou inúmeras sequelas, que marcaram a maioria de suas obras. Foi na época da recuperação que começou a pintar, e fez seu primeiro autorretrato.

            Mais tarde, Frida leva seus quadros a um famoso pintor chamado Diego Riviera, e por causa disso os dois se conheceram e se casaram alguns anos depois. A relação dos dois era muito complicada, o que levou Frida a ter um consumo exagerado de álcool, e foi marcada pela infidelidade que acontecia nos dois lados. Diego chegou a traí-la com sua irmã mais nova, e ela já teve um caso com Leon Trotski, seu mais famoso amante.

          Frida engravidou mas sofreu aborto três vezes, e sobre isso ela afirma: “A pintura tem ocupado minha vida. Perdi três filhos e uma série de coisas que poderiam ter preenchido a minha vida horrível. A pintura substituiu tudo. Eu acho que não há nada melhor do que trabalhar..”

          Teve uma exposição em Nova Iorque que foi um sucesso absoluto, e logo depois realizou uma em Paris, onde conheceu Pablo Picasso, Marcel Duchamp e outros grandes nomes. Foi a primeira pintora mexicana a ter os quadros expostos no Louvre.

          Em 1941, ela e Diego se mudam para a famosa “Casa Azul”, lugar onde hoje é um museu em sua homenagem. Um ano depois, ela começa a escrever seu diário, onde mostra todas as dores e conflitos através de textos e desenhos.

          Em 13 de julho de 1954, é encontrada morta. A versão divulgada foi que morreu por embolia pulmonar, mas muitos suspeitam de suicídio, já que a morte sempre pareceu algo tranquilizador para Frida, como mostra em uma frase de seu diário: “Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar.”

OBRAS

           Um terço de suas obras são autorretratos (55 ao todo). Ela justificava essa “obsessão” dizendo: “Pinto a mim mesma porque sou sozinha e sou o assunto que conheço melhor.”

          Seu estilo artístico sofreu influência da arte folclórica mexicana, da cultura asteca, do marxismo e de outros movimentos de vanguarda. Suas obras tinham uma abordagem relacionada aos acontecimentos que a marcaram, como o acidente, e objetos simbólicos para a sua vida, sempre abusando de cores fortes e vivas.
          Apesar da relação conturbada, Diego sempre foi o amor de sua vida, e Frida deixava isso bem claro ao pintar retratos dele e até mesmo “escondê-lo” em algumas obras, como a que ele aparece no meio de sua testa.


          Exemplos de suas principais obras:
  • As Duas Fridas

  • O Marxismo Dará Saúde aos Doentes
  • Diego e Eu
  • A Coluna Partida
  • Frida Kahlo e Diego Rivera


CURIOSIDADES
  • Em 2002, foi lançado o filme "Frida", que fala da vida da artista e de todos os seus conflitos.
  • Seu diário foi publicado em 1995 e é vendido até hoje, assim como a sua autobiografia.






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Leonor (ou Eleonora) Fini Tem uma obra intensa e diversificada, sendo mais conhecida por sua pintura surrealista, sendo também cenógrafa, ilustradora, figurinista e autora. Filha de pai argentino e mãe italiana, nasceu na Argentina no dia 30 de agosto de 1907, mas com 1 ano de idade, após o divórcio dos pais, mudou-se com a mãe para Trieste, na Itália. Com 17 anos, passou a viver em Milão, e em 1931-1932, mudou-se para Paris, onde passou a maior parte de sua vida. Foi na capital francesa que ela entrou em contato com as ideais surrealistas, que influenciaram sua pintura.
Era autodidata (cresceu explorando a biblioteca do tio, onde descobriu artistas como Gustav Klimt) e não tinha nenhum treinamento artístico “formal”. Era habilidosa com o desenho, a aquarela e a pintura a óleo.
Leonor foi uma ávida frequentadora da vida boêmia francesa, e em decorrência disso, pintou retratos de várias celebridades e ricos de Paris, como Jean Genet, cujo livro ela também ilustrou. Tinha em sua lista de amigos , Paul Éluard, Max Ernst, Georges Bataille, Henri Cartier-Bresson, Picasso, André Pieyre de Mandiargues, e Salvador Dalí
Casou-se uma vez, com Fedrico Veneziani. Depois de pouco tempo, divorciaram-se, após ela conhecer o conde Stanislao Lepri, com quem viveu por um período. O casal foi muito amigo do escritor polônes Konstanty Jeleński (ou simplesmente Kot), partilhando a mesma casa por muitos anos. Fini nunca disse ser bi ou homossexual, mas teve relacionamento com homens e mulheres ao longo da vida. Como ela já afirmou: “O casamento nunca me pareceu ideal, eu nunca vivi com uma só pessoa. Desde os meus 18 anos, eu sempre preferi viver em um tipo de comunidade – Uma casa grande com meu atelier e gatos e amigos, com um homem que era mais como um amante e outro que era mais como um amigo. E isso sempre deu certo.“
Morreu em 18 de janeiro de 1996, em Paris. Desde o ano de sua morte, é possível encontrar retrospectivas de seu trabalho em Nova Iorque e Boston.
Como figurinista, destacou-se pelas diversas fantasias para balés, teatro e óperas, e paras os filmes Romeu e Julieta (1954) e Satyricon (1969). Também desenhou máscaras dadas à Comédie Française, para a Ópera de Paris, e ao Scala de Milão.
Como Ilustradora, desenhou para obras de autores como Baudelaire, Edgar Allan Poe e Shakespeare, sendo mais famosa sua ilustração gráfica para Histoire d'O.
Também escreveu 3 romances na década de 70 (Rogomelec, Moumour, Contes pour enfants velu e Oneiropompe)
Em sua pintura, retratou mulheres fortes e bonitas, em situações de poder. Os homens estavam sempre sob a proteção da mulher. Costuma-se dizer que ela é a única artista a pintar mulheres sem desculpas”Pintou também muitos gatos (vivia com muitos, geralmente persas) e esfinges.
Foi considerada uma parte da geração pré-guerra de Paris. Muitos a consideram uma importante parte da pintura surrealista, embora ela mesma não se considerasse parte de tal vanguarda.
Distanciou-se do surrealismo devido à influência de Andrè Breton, o que fez com que ela conservasse sua independência, tanto a nível plástico como técnico. Por isso, vemos pouco do automatismo psíquico em sua obra, característica importante do movimento. Ainda assim, por sua independência, vemos muito do “mundo dos sonhos” em sua obra. Diz-se que sua rica pintura apresenta “interpretações de um figurativismo daliniano que nos aproximam dos ricos mundos dos sonhos de Delvoix ou de Chirico.”
Veja abaixo algumas de suas obras:
A Guardiã das Fontes - 1967
Rasch, Rasch, Rasch . . . Mein puppen warten - 1975
Les Deux Soeurs Jeleaux - 1976 

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O movimento surrealista nasceu no início do século XX, em Paris, fruto das teses de Sigmund Freud, criador da Psicanálise, e do contexto político indefinido que marcou este período, especialmente a década de 20. O Surrealismo questionava as crenças culturais então vigentes na Europa, bem como a postura humana, vulnerável frente a uma realidade cada vez mais difícil de compreender e dominar.

De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.

O surrealismo será caracterizado pela expressão do pensamento de maneira espontânea e automática, regrada apenas pelos impulsos do subconsciente, desprezando a lógica e renegando os padrões estabelecidos de ordem moral e social. Está presente nas obras surrealistas: a fantasia, o devaneio e a loucura. Os artistas ligados ao surrealismo vão criar obras repletas de humor, sonhos e utopias.

Outra técnica utilizada foi a de colagens, em que imagens eram reunidas aleatoriamente e ao acaso, criando uma justaposição de objetos desconexos e associações que à primeira vista pareciam impossíveis. Esse método foi inspirado na frase do Conde de Lautréamont: “Belo como o encontro casual entre uma máquina de costura e um guarda-chuva numa mesa de dissecção”.

O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os principais princípios do movimento surrealista.

Outros marcos importantes do surrealismo foram a publicação da revista A Revolução Socialista e o segundo Manifesto Surrealista, ambos de 1929. Os artistas do surrealismo que de destacaram mais na década de 1920 foram: o escultor italiano Alberto Giacometti, os fotografos Man Ray, Dora Maar e Brasaï, o dramaturgo francês Antonin Artaud, os pintores espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst, e o cineasta espanhol Luis Buñuel e os escritores franceses André Breton, Paul Éluard, Louis Aragon, Philippe Soupault e Jacques Prévert.

A Galerie Surrealiste (Galeria Surrealista) foi fundada por um grupo em 1926 e a partir de 1930 o surrealismo começou a se propagar para além de França. Algumas exposições importantes foram organizadas na Dinamarca, Checoslováquia, Canárias, Londres, Nova Iorque e também em Paris (1938), onde foram reveladas obras de artistas de 22 países.  Uma importante exposição internacional do surrealismo foi organizada em Paris, no ano 1947, ocasião em que os membros mais importantes se reencontraram.

Surrealismo na Literatura
As obras literárias Les Chants de Maldoror (Os Cantos de Maldoror), do Conde De Lautréamont, e o poema Le Bateau Ivre (O Barco Ébrio), de Rimbaud, são apontadas por vários especialistas como as principais obras que antecedem o surrealismo, porque exploram com intencionalidade o sonho e o inconsciente.

Os criadores do surrealismo foram L. Aragon, Ph. Soupault, P. Éluard, B. Péret e, sobretudo, André Breton, após o fim do grupo dadaísta, que era liderado por T. Tzara. Este grupo tinha como missão abolir as regras tradicionais estéticas e éticas, porque acreditavam que estas tinham contribuído para o início da I Guerra Mundial. As obras literárias seguiam o procedimento de que as palavras deveriam ser escritas conforme viessem ao pensamento, sem seguir nenhuma estrutura coerente.

Surrealismo no Brasil
No Brasil, as noções surrealistas começaram a surgir entre 1920 e 1930, através de elementos do Movimento Modernista do Brasil.


Alguns dos artistas brasileiros surrealistas (ou com tendências surrealistas) mais conhecidos são: Tarsila do Amaral, Maria Martins, Cícero Dias, Ismael Nery, etc.
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“Ele despreza as formas, reduz tudo, sítios, figuras e casas, a esquemas geométricos, a cubos”.
Frase de H. Matisse que daria nome ao movimento, publicado em artigo no Gil Blas por Louis Vauxcelles.

                   O Cubismo iniciou nas obras de Paul Cézanne, pintor francês que retratava formas distorcidas e formatos bidimensionais Para Cézanne, a pintura não podia desvincular-se da natureza, tampouco copiar, por isso a transformava. Os artistas cubistas foram mais longe e passaram a decompor os objetos sem compromisso de retratar a realidade com fidelidade, ou seja, representavam os objetos sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes. Essa atitude resultou na chamada "geometrização da realidade".                   
                  
                   Principais características: 

• Geometrização das formas e volumes;
• Renúncia à perspectiva;
• Perda de profundidade;
• Representação do volume colorido sobre superfícies planas;• Fragmentação da realidade;
• Cores sóbrias.

                    
                   O Cubismo se dividiu em duas fases:


  • Cubismo Analítico
          Caracterizado pela decomposição das figuras e formas em diversas partes geométricas, é o cubismo em sua forma mais pura e de mais difícil interpretação.



  • Cubismo Sintético
          É a livre reconstituição da imagem do objeto decomposto, assim, este objeto não é desmontado em várias partes, mas sua fisionomia essencial é resumida. Algo muito importante nesta etapa é a introdução da técnica de colagem, que introduz no quadro elementos da vida cotidiana.
                   
                       
                   Principais artistas e suas obras:
  • Georges Braque
  • La Guitare (1910)
  • Pablo Picasso



Factory, Horta de Ebro (1909)

Les Demoiselles d'Avignon (1907)












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expressionismo  é um movimento artístico que procura a expressão dos sentimentos e das emoções do autor, não tanto a representação objetiva da realidade. Este movimento revela o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstâncias históricas de determinado momento.
A face oculta da modernização, o isolamento, a alienação, a massificação se fizeram presentes nas grandes cidades e os artistas acharam que deveriam captar os sentimentos mais profundos do ser humano, assim, o principal motor deste movimento é a angústia existencial.
Além de sua forte manifestação na pintura, o expressionismo foi marcante também em outras manifestações artísticas, tais como: literatura, cinema, teatro, etc. Na literatura, há muitas obras que refletem a crise de consciência que tomou conta da sociedade antes e depois da Primeira Guerra Mundial. 

O Grito, pintura de Edvard Munch (1893).
   O maior objetivo é potencializar o impacto emocional do expectador exagerando e distorcendo os temas. As emoções são representadas sem existir um comprometimento com a realidade externa, mas com a natureza interna e as impressões causadas no expectador. A força psicológica está representada através de cores fortes e puras, nas formas retorcidas e na composição agressiva. Desta forma, nem a perspectiva nem a luz importam muito, visto que são propositalmente alteradas.
Algumas raízes expressionistas podem ser encontradas nas pinturas negras de Goya, que rompeu com as convicções com as quais eram representadas as anatomias para mergulhar num mundo interior.

   O termo expressionismo já havia sido usado várias vezes na arte para designar obras com distorções ou exageros nas formas. Posteriormente, é utilizado pelo escritor Herwarth Walden, editor da revista Der Stürmer (A Tempestade). Esta revista se tornaria o principal meio de divulgação do expressionismo alemão.

   O expressionismo era apresentado em oposição ao impressionismo francês. Enquanto o primeiro expressava a visão interior do artista, passando muitas vezes um sentimento de angústia, o segundo limitava-se a impressões objetivas do mundo visível, passando tranquilidade ao retratar principalmente belas paisagens.

O movimento desenvolveu-se principalmente na Alemanha, onde surgiram importantes grupos de artistas, tais como: Die Brücke (A Ponte), contemporâneo do movimento fauvista francês. Deste grupo, destacam-se Nolde e Kirshner, artistas comprometidos com a política e a situação social do seu tempo.
No Brasil, o principal representante desse movimento foi Cândido Portinari, mas Anita Malfatti também se destacou.
O Mestiço, Cândido Portinari

Lavrador de Café - Candido Portinari
 
A Estudante, Anita Malfatti

 O Pós-impressionismo

Van Gogh foi um dos artistas que mais influenciou o expressionismo, sendo classificado como pós-impressionista. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc. Há ainda muitos outros pintores, entre eles, Pablo Picasso, que também foram influenciados por esta manifestação artística.
        Sua pintura teve várias fases que podem ser facilmente associadas com as épocas da sua vida (onde morou em que condição mental se encontrava).
     Como exemplo disto temos a obra “Campo de trigo com corvos”, pintada por ele poucos meses antes de se suicidar. Nesta obra nota-se a o afastamento definitivo de Vincent das normas acadêmicas. Na pintura, há um caminho que não leva a lugar algum. Com ele, Vincent ignora as regras mais básicas sobre perspectiva e noção de profundidade. Suas cores são brilhantes e parecem tremeluzir na paisagem. Vincent Van Gogh consolida o estereotipo do artista solitário e instintivo, rebelde ao aprendizado tradicional. Sua obra, como já dito, influenciaria de forma definitiva a pintura moderna.
Campo de trigos com corvos, 1890

Outros artistas pós-impressionistas foram Gauguin e Cézanne.

De onde viemos? Quem somos nós? Para onde vamos?, Gauguin

Large Bathers, Cézanne


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"Declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova - a velocidade"

Introdução
O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência.

O futurismo
Foi um movimento forte, responsável por mais de trinta manifestos, com grandes pretensões, pois queria atingir diversas artes (música, pintura, dança, poesia, teatro e cinema). Como o próprio nome já diz, é a vanguarda europeia com temática futurista, como a exaltação da tecnologia, do automóvel, da eletricidade, do movimento, da velocidade, da máquina, da indústria em geral.

O Futurismo é o inverso total do Expressionismo; é otimista em relação à vida urbana e ao mundo do trabalho e do consumo. Esta corrente desprezava explicitamente todo padrão moral, bem como os valores que permaneceram no passado. Chegando a defender a destruição de museus e de cidades antigas.

Tanto na literatura quanto nas artes plásticas, aproveitavam-se os slogans e logotipos de marcas industriais e comerciais para compor as obras.
Nas artes plásticas procuravam obter a máxima desordem, abolindo o lado psicológico. Exaltou o culto ao perigo e na velocidade encontrou a sua melhor expressão. Uma de suas propostas foi a divisão da cor como se fosse uma sucessão de linhas coloridas fugazes.

O Futurismo é o inverso total do Expressionismo; é otimista em relação à vida urbana e ao mundo do trabalho e do consumo. Esta corrente desprezava explicitamente todo padrão moral, bem como os valores que permaneceram no passado. Chegando a defender a destruição de museus e de cidades antigas.

Após a Primeira Guerra Mundial, o futurismo enfraqueceu-se, mas alguns de seus ideais refletiram-se no dadaísmo, no concretismo, na tipografia moderna e no design gráfico pós-moderno. Nas artes plásticas o futurismo foi inspirado pelo cubismo e pelo abstracionismo, mas utilizava-se de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens, traços e pequenas deformações para dar a ideia de dinamismo e movimento. Os principais artistas plásticos futuristas italianos foram Luigi Russolo, Umberto Boccioni e Carlo Carrá.


Quadro O Dinamismo de um Automóvel (1912), do italiano Luigi Russolo, inscrevese dentro da proposta do Manifesto Futurista, que proclamava o propósito de ruptura com o passado e de "preparar a próxima e inevitável identificação do homem com o motor". Em formas e cores berrantes, os pintores futuristas queriam não apenas refletir a vida moderna, mas também demonstrar seu amor por ela.


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O Fauvismo (ou Fovismo) é a primeira das vanguardas europeias, e aconteceu entre o final do século XIX e o início do século XX, no período pré-guerra. Originou-se na França (com grande presença entre 1905 e 1907) e teve seu nome originado da expressão “Les Fauves”, que significa “feras”, dada pelo crítico Louis Vauxcelles ao visitar uma exposição em 1906, onde uma estátua comum estava rodeada por obras da vanguarda.
Nas obras fauvistas, nota-se a aplicação de cores intensas e puras, sem mistura, com a exploração das inúmeras possibilidades de sua utilização. Ocultando uma preocupação em reproduzir a realidade, o principal objetivo é dar equilíbrio e pureza às obras produzidas. Vê-se a presença mais intensa do vermelho, do amarelo, do azul e do laranja.
            As formas fauvistas são simplificadas e, sem a exploração da profundidade, seus quadros eram planos, com traços nítidos. As obras costumavam mostrar paisagens urbanas ou rurais, retratos e cenas ao ar livre, evitando temas mais deprimentes e com certa conotação crítica ou política, elegendo como temática principal a alegria.
            É importante citar que o Fauvismo não foi uma escola com regras ou ações definidas, representando principalmente uma fase na vida dos artistas participantes, com organização informal. Teve uma curta duração, porém trouxe várias inovações ao mundo da arte.
Afirma-se que certos aspectos, como a estética primitivista e a glorificação dos instintos (impulsos, paixões), aproximam o Fauvismo francês do Expressionismo alemão, criado no mesmo ano. Pode-se dizer também que os quadros pós-impressionistas de Paul Gauguin e Van Gogh influenciaram bastante o movimento.
A crise do Fauvismo começa em 1907, com o início do Cubismo (marcado pelo quadro Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso). O Cubismo apresenta correntes opostas ao Fauvismo, mostrando a decomposição de planos e a geometrização da forma.
 No Brasil, o Fauvismo foi pouco explorado, destacando-se somente Inimá de Paula. Foi mais notável a influência expressionista, como em alguns quadros de Anita Malfatti (A Estudante Russa, O Japonês) e em Lasar Segall.
O líder do movimento foi Henri Matisse, responsável por grandes obras, como A Dança e A Alegria de Viver. A primeira apresenta desenho simples e formas simplificadas das dançarinas, e é considerada a obra mais famosa do pintor. Na última, foi retratada “a comunhão dos homens com a natureza e o amor”, sendo mostrada como principal exemplo dos ideais fauvistas.
 Outros artistas fauvistas são André Derain (autor de paisagens de Collioure, juntamente com Matisse), Maurice de Vlaminck (autor de paisagens vibrantes, com a aplicação da tinta diretamente do tubo sobre a tela), Georges Braque (que mais tarde, juntamente com Picasso, fundaria o Cubismo), Jean Puy (tendo como tema frequente em suas pinturas o mar), Raoul Dufy (que, por influência de Matisse, saiu do impressionismo e tornou-se fauvista) e Georges Rouault (conhecido por pintar prostitutas e palhaços). Veja abaixo algumas obras desses artistas:


Fishing Boats, Collioure - André Derain, 1905, óleo sobre tela
Charing Cross Bridge - André Derain, 1906, óleo sobre tela
A Dança - Henri Matisse, 1910, óleo sobre tela
A Alegria de Viver - Henri Matisse, outubro 1905 - março 1906, óleo sobre tela 
Interior With a Young Girl (Girl Reading) - Henri Matisse, 1905-1906, óleo sobre tela
A Pequena Palmeira - Raoul Dufy, 1907, óleo sobre tela
Mercado de Peixe - Raoul Dufy,1903, óleo sobre tela
Landscape near Antwerp (Paysage près d'Anvers) - Georges Braque, 1906, óleo sobre tela
Landscape at La Ciotat - Georges Braque, verão de 1907, óleo sobre tela 
O Porto de Sauzon - Jean Puy, 1902, óleo sobre tela
 Barques vertes à Collioure - Jean Puy, 1913, óleo em cartão
Autumn Landscape - Maurice de Vlaminck, 1905, óleo sobre tela
 The River Seine at Chatou - Maurice de Vlaminck, 1906, óleo sobre tela
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